O A1, contra todos os meus receios, portou-se lindamente.
O A2 achou por bem fazer-se notar e arruinar com o aparato a que já nos acostumou um dos momentos solenes do casamento. Fora isso esteve à altura do acontecimento.
Os meus meninos das alianças precederam as meninas das flores no temido (por mim) percurso até ao altar. Uns amores!
A minha parca inteligência não me chegou para, antes de sair de casa, pegar na máquina fotográfica e enfiá-la no saco onde levei quase tudo o que uma mulher-mãe precisa para sobreviver (que no raio das pochettes nunca cabe mais que uma unha) e graças a isso nem uma fotografia tenho para registar o aprumo matinal, o nervoso miudinho, o sono reparador a caminho da quinta, a larica de roda dos aperitivos, o relax na espreguiçadeira e no pufe, os gritos, os saltos precedidos pelos «soltem a parede», os talheres escalavrados de tanto batucar nas grades, as caras cheias de chocolate, os joelhos pretos das calças outrora brancas, a brincadeira da criançada, os espectáculos no «palco» improvisado, a alegria do «apita o comboio», o encantamento do visionamento do filme de homenagem aos noivos, o á-vontade no entrosamento com familiares menos íntimos, a diversão com o «tio maluco», a dança desenfreada e a vontade imparável de mais e mais festa, e tantas outras situações protagonizadas pelos meus artistas e dignas de imortalizar em momentos kodak* - para mais tarde recordar.
Posto isto vou esperar pelos noivos, que agora estão no bem bom, e pelo trabalho do estúdio para ter em mãos um cheirinho (ainda que num incompleto retrato) do que foi aquele dia.