quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Ui, a gripe!

Depois da paranoia geral que se istalou em torno da gripe A, do bombardeamento alarmista feito por tudo quanto foi meio de comunicação que se prezasse e da estopada que foi a «acção de formação» no infantário (que conseguiu fazer a reunião com os encarregados de educação de início do ano lectivo durar mais uma horinha ou coisa parecida) lá se começou a cumprir o apertado (ou nem tanto) plano de contingência.
E o que é certo é que os procedimentos em caso de suspeita de contágio (exageros e falhas incluídos) têm sido escrupulosamente seguidos na instituição.

Eu não tenho nada contra a prevenção, mas que acho um bocadinho «hiperprudente» levar crianças com 38ºC sem outros sintomas para o isolamento, isso acho. E até contraproducente, pois tenho cá para mim que se um dia destes aparece mesmo por lá o tal vírus «papão» H1N1 já ninguém liga porque é só mais uma constipaçãozeca.

Eu, que não sou nada amiga de andar com aflições do género «Ai, meu Deus, que o meu menino está doente, e se é alguma coisa grave o que é que eu faço à minha vida?», que não me assusto com tosses ou espirros (funções normais do organismo, até bastante desejáveis em algumas situações), que percebo que o corpo precisa de elevar a temperatura para combater as infecções e não acho nada sensato ir a correr atacar com ben-u-ron* uma «febre» que nem aos 38,5ºC chega, que vejo a dor como uma aliada que me dá informações preciosas sobre a minha saúde, que vou tendo o sangue frio para acalmar filhos, pai e avós quando algum está menos bem, que tenho aversão a salas de espera de urgências de hospitais (verdadeiros antros onde estamos sujeitos a infecções de toda a espécie e feitio e onde parece que há quem goste de levar as crianças sem que isso tenha sido recomendado) e que não sou nada dada a telefonemas a pediatras enquanto não vejo sintomas que realmente o justifiquem, lá tive que ligar...



Custou-me premir a tecla 2, confesso.  (a opção para quem suspeita que possa ter gripe A)

É que... se a febre foi travada aos 38,5ºC e não havia outros sintomas, como é que eu podia achar realmente que o rapaz estava com gripe?

Andou três dias ranhoso, o A.nº2.
Ao segundo começou a ter tosse (bem produtiva, convém referir) que se acentuou durante a noite (ou não fosse aquele nariz entupidíssimo não o deixar respirar senão pela boca) e na tarde seguinte teve o azar de «deixar» subir a temperatura para os 38 e quase meio...
Resultado: isolamento, máscara até chegar a casa da avó (nada de parque, ao contrário do que costuma ser prática diária), dois dias em casa contrariadíssimo «porque mesmo que ele não tenha nada são assim as regras», muito mimo da mamã, descanso e brincadeira com fartura e, claro, nada de gripe.

Amanhã já volta.


Prós e contras do episódio (engraçado que quase encontro mais dos primeiros do que dos segundos...):
+  1. Durante 48 horas foi rei e senhor; 2. No primeiro dia teve a mamã exclusivamente por sua conta; 3. Brincou ao que quis, quando quis e quanto quis; 4. Correu com o pai da cama e ocupou-lhe o lugar (o pai foi para a cama do mano, o mano foi para a cama dele e só a mãe é que ficou no sítio respectivo); 5. Tomou xarope (ainda que não tanto quanto gostaria), a maior delícia que a humanidade inventou.
- 1. Mesmo sem dores e com pouca febre, estar doente não é agradável; 2. Perdeu o tão ansiado primeiro dia de ginástica do ano; 3. Durante dois dias não brincou com os amigos; 4. Depois de duas semanas a chorar porque não queria ir para a escola passou o tempo a chorar porque queria ir (nem sei bem se isto é mau ou bom...); 5. Isto:


segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Se a mãe às vezes é «mázona»... (*)

(*) eu que passo a vida a explicar-lhe que niguém é mau... ainda gostava de saber quem é que lhe ensinou esta.

A meio da noite
A.nº2 - "Onde 'tá o mano?"
Eu - "Está a dormir com o pai?"
A.nº2 - "Po'quê?"
Eu - "Porque fez xixi na cama e agora a cama dele está molhada."
A.nº2 - "É um mauzono!"
Eu - "É o quê?"
A.nº2 - "Mauzono."
Eu - "Não, filho, o mano não é mauzão. Só não conseguiu levantar-se a tempo de ir à sanita."
A.nº2 - "Eu não faço xixi na cama. Eu vou à sanita. Eu não sou mauzono!"
(ok, agora dorme, sim?)

Nabos da púcara

Eu sem resposta, ela a querer tirar nabos da púcara...

Avó C. - "Sabe o que é que ele [A.nº1] me disse há bocado? Que ia ter uma mana e que ia cuidar muito bem dela!"

É que depois da conversa que tivemos há uns dias fiquei sem saber o que dizer.

O rapaz lá tem os seus motivos, apesar de eu lhe ter recomendado que não comentasse as nossas confidências.
E o que é certo é que a hipótese não está de forma alguma fora de questão (só não sei se «mana» ou «mano», que essas coisas não se escolhem, mas ele diz que também pode ser).

O que eu gostava mesmo era de ser uma mentirosa(*) um pouqinho mais convincente para não ter que fugir ao tema com uma mudança de assunto mais que suspeita... (desta vez usei as guerras entre irmãos para desviar as atenções).

(*) ou isso ou uma verdadeira um pouquinho mais corajosa para enfrentar as objecções que se antevêem

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Outono


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

domingo, 20 de setembro de 2009

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Adivinha VI - As Meninas

O que se comercializa num estabelecimento que ostenta um toldo vermelho onde se pode ler «AS MENINAS»?

Então, não se está mesmo a ver?!

Podia perder-me com eufemismos para tentar explicar o meu espanto esta manhã mas, em vez disso, acho que basta dizer que, numa situação normal, não me agradaria nada ouvir dizer que o meu marido tinha ido «às meninas»...

Pois bem, o que eu acho é que a escolha do nome foi, no mínimo, muito infeliz.

Só posso admitir (para bem de quem lá trabalha) que a nova gerência não seja portuguesa e, consequentemente, não esteja ainda familiarizada com a conotação que por cá damos à expressão «ir às meninas».

A cor do toldo (que, por sinal, também pode ser associada à mesma ideia que «as meninas», uma triste coincidência que ainda dá mais ênfase à questão) eu entendo perfeitamente, ou não fosse a Sical* a patrociná-lo.
Mas fiquei sem perceber uma coisa...
Os senhores que o colocaram não podiam ter aproveitado para retirar a publicidade aos cafés Nicola*?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

E hoje brindaram-me com...

...mais uma revistinha.
Apanharam-me na rua e pimba!
Eu, distraída como sempre, não reparei nos «indicadores» a tempo. Deixei que me olhassem nos olhos, escutei-lhes irreflectidamente as primeiras palavras e, mais uma vez, já não tive coragem de as mandar passear. 
Mas...
A sério, minhas senhoras...
Vocês acham que eu tenho cara de quê?

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

T-sirts, casacos, sweat-shirts...

O A.nº1 precisava de roupa.
Reduzido a duas t-shirts (depois do crescimento e dos estragos que houveram no Verão), o seu guarda-fatos não lhe oferecia outra alternativa senão usar a mesma peça... dia sim, dia não.
Perante isto, resolvemos aproveitar o resto (ou os restos) dos saldos e lá fomos gastar uns tostões.
Fazendo as contas... a coisa até não ficou muito cara. 60€ a dúzia parece-me um preço jeitoso.
E em menos de uma hora estavamos despachados do centro comercial e abastecidos o suficiente para deixar mais composto o espaço vazio do roupeiro.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A mesma capacidade de encaixe

ontem (Janeiro/2007) e hoje (Setembro/2009)

Oferta

do Artista nº1
(muito obrigada, meu amor!)

Brincando com «o pilimobi»(*)

(*) playmobil em «artistanumerodoisês»

A.nº2 (irritado) - "Aaaai!!!"
A.nº1 (atencioso) - "O que foi? Não consegues?"
A.nº2 (cabisbaixo, faz beicinho)
A.nº1 (em tom condescendente) - "Anda cá que eu vou-te ensinar..."
A.nº2 (levanta os olhos e presta atenção)
A.nº1 - "Vês que não cai?" (tenta encaixar a peça... sem sucesso). "Vês que... cai?!" (nova tentativa). "Aaaai!!!"

Hã?

"Mãe, quando tu fores para muito longe e eu e o mano ficarmos cá só com o pai é ele que vai lavar a roupa?" (A.nº1)

Todas as noites isto...


Algum dia tinha que haver desgraça.

Canadá

Contemplando as fotos publicadas aqui, pergunta o Artista nº1: 
"E onde é que estão os animais?".

(porque o que ele conhece do Canadá é isto)

"Ó mãe, olha para o nosso Jardim Zoológico!"

"Eh pá, tá a ficá munto gilo!" (A.nº2)
"Poças, que não encontro o sítio para pôr isto!" (A.nº1)

Compras de fim-de-semana

(conversa entre pai e filho, enquanto se preparavam para ir ao hipermercado) 
A.nº2 - "Pai, o que tás a fazêle?"
A-mor - "Estou a fazer a barba."
A.nº2 - "Eu também posso fazêle a bába?"
A-mor - "Não. Tu ainda não tens barba."
A.nº2 - "E não vamos compále(*)?"
(*) «comprar»

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Desconheço a razão da escolha, mas...

"Podíamos ir ao Canadá!"
(A.nº1)

Agora que penso nisso...

 
... não era nada má ideia, não.
 

Dinossauros amigos


"Eu sou o carnotauro e ando sempre à procura dos meus amigos... que é para comê-los!" (A.nº1)


Simpático, isso.
Amizades destas...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Capacidade de encaixe

ou a arte de bem dormir.

Realmente...

Mas porque é que eu, que não tenho tempo para essas coisas nem coragem para as mandar embora, ainda abro a porta às senhoras que vêm anunciar-me o Reino de Jeová?! Queriam oferecer-me um curso, imagine-se... Ensinar-me mais sobre a Bíblia. Grátis, ainda por cima! Como pude não aceitar?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Horácio e Margarida

Ele é tímido, ela é curiosa.
Ele assusta-se facilmente,
ela é mais descontraída.
E fotogénica também.
Ela já percebeu que não represento grande perigo,
ele ainda não está convencido.
Mas dão-se bem, os bichinhos.
E fazem um casal simpático.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Animais de estimação

Enquanto os nossos caracóis não acordam da sua sesta de Verão
vamos partilhando os dias com dois novos inquilinos:
o Horácio e a Margarida.

Adivinha V - Feijões

Qual é o nome da planta que dá feijões?




Feijoada, pois claro!

Adivinha IV - Cabras

Como se chama a «casa» das cabras?




Podem chamar-lhe «cabriça» ou «cabradiça».
(é só escolher!)

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Ó mãããeee...

... limpa-me o rabo!
Sem sombra de dúvida a frase que mais ouvi este Verão.
Especialmente nas horas de refeição.
Arriscar-me-ia a dizer que não foi por acaso...

Conquistas de Verão

As «môcas» passaram a «mô-shhh-cas»
e os pedais ganharam uso.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

5 anos - A Reserva

Está feita.
O «nosso» não estava disponível.
Tenho a certeza de que o outro fará o mesmo efeito ;)

Regresso à escola(*)

(*) - por «escola» entenda-se «infantário», que os pequenos têm 2 (quase 3) e 4 anos.
O Artista nº2 passou as férias apreensivo com a perspectiva da mudança para a «sala dos crescidos». O Artista nº1 andava cheio de saudades.
...
Ontem à noite lembraram-se:
A.nº1 - Mas eu não quero ir para a escola...
A.nº2 - Eu também não quél' i' pá 'cola...
(pois é, eu já sabia que isto ia acontecer)
...
Hoje esparava que a história se repetisse assim que acordassem. Nada disso.
Vestiram-se, comeram, colaboraram sem protestos e passearam orgulhosamente as suas pequenas mochilas no percurso para a escola.
...
Pertences colocados nos cabides e passagem pela casa-de-banho sem percalços.
...
Primeira paragem: sala dos 3 anos.
O A.nº2 estacou à porta e eu vi a minha vida a andar para trás...
Com um pequeno incentivo atreveu-se a espreitar e a visão dos seus amiguinhos deu-lhe novo alento.
Afinal havia esperança. Ou não!
Em menos de um minuto de troca de palavras entre mãe e educadora o rapaz reconsiderou e agarrou-se à minha perna a chorar.
"Então? Não precisas de chorar. O mano vai ficar ali na sala ao lado e tudo!" - mas qual quê! Lá se deixou conduzir ao seu lugar sem oferecer grande resistência, mas calar-se é que não lhe apeteceu.
O irmão olhava-o sem perceber a razão do pranto. Quando saímos ainda me perguntou o porquê daquela cena, mas nem esperou por resposta, tal foi a pressa com que correu à minha frente para chegar junto dos amigos.
Segunda paragem: sala dos 4 anos.
As saudades eram imensas.
Especialmente da C. (aquela educadora é realmente fantástica).
Correu para ela e lançou-se nos seus braços, mas... a meio do abraço a emoção foi demais, os sentimentos baralhara-se, as vontades dividiram-se e o segundo take da «cena de choro» teve lugar, agora com novo artista.
"Vá anda comigo..." - o A.nº1 interrompeu-a com um «mas eu não quero ir brincar» e ela calou-o com um «mas não vens brincar, vens conversar comigo e contar-me tudo sobre as férias» cheio de carinho e segurança.
Despedi-me rapidamente e saí.
Voltou a chorar, chamou por mim e o meu coração já apertado contraiu-se um pouco mais.
Terceira paragem: sala dos 3 anos (novamente).
A caminho da saída espreitei o meu pequenote.
Já mais calmo, começava a despertar interesse pelos novos jogos (dos crescidos!).
Vê-lo assim relembrou-me aquilo que já sei de experiências anteriores - daqui a pouco não vão querer sair de lá.